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UM POUCO DE HISTÓRIA
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O Nascimento de uma Nação, 1915
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Nesta página desenvolvemos um “esforço” dedicado ao cinema clássico na sua forma mais pura e original. Pois o filme silencioso, mais do que uma fase do cinema, constitui a própria linguagem cinematográfica, por excelência. Assim como a música contemporânea não existiria se não houvesse existido a música clássica; o cinema sonoro não existiria se não houvesse existido o cinema mudo. Nomes como Chaplin, Gance, Dreyer, Griffith, Lang, Murnau, Reisner, Keaton, Eisenstein, Pabst, Wiene, e muitos outros; são nomes pioneiros que abriram a cortina do tempo e permitiram que nomes famosos viessem dar voz e vida aos personagens do maravilhoso mundo do cinema. Portanto, mais do que uma mania de cinéfilo, uma homenagem ao cinema na sua essência e em seu pioneirismo. Abaixo damos um breve resumo do início da maravilhosa história do cinema em movimento!
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Chegada de um trem na estação, 1895..

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Em 28 de dezembro de 1895, os Irmãos Lumière, com a apresentação de um de seus primeiros filmes, deixam o público francês encantados e apavorados, diante de tal inusitada novidade. O filme foi Chegada de um Trem na Estação (L'Arrivée d'un train em gare de la Ciotat) e o acontecimento teve lugar na cave do Boulevard des Capucines, em Paris, França. O elenco do filme (se é que podemos chamar assim), consta do personagem principal, o trem que vem de Marselha, e alguns passageiros na estação de La Ciotat. Porém, alguns historiadores dizem que o filme só foi projetado em 6 de janeiro de 1896. Na verdade, isto não tem a menor importância. O que importa realmente é que a novidade se transformaria numa grande realidade poucos anos depois; e que a história relevaria mais o fato do que a data do acontecido.
O filme tem apenas a duração de 50 segundos, mas foi o suficiente para causar tamanha emoção e memorável pânico entre os assistentes. O filme consta apenas de um plano, em perspectiva diagonal a partir da estação de La Ciotat, com alguns passageiros à espera na estação. O trem aparece ao fundo e pára no lado direito da plataforma. Os passageiros descem de uma carruagem, entre os quais se vê uma senhora com um mantelete. Os próximos passageiros preparam-se para partir e vê-se um homem transportando um barril. Este "argumento" mínimo - quase um postal em movimento, teria conseguido criar pânico entre os espectadores que não estavam ainda preparados para a surpresa da ilusão cinematográfica. Conta-se que estes, quando viram o trem vindo na sua direção, começaram a gritar e a fugir em direção ao fundo da sala, como se o trem fosse saltar do trilho. O filme, apesar de tecnicamente incipiente se comparado com a sofisticação que o cinema viria a ter no futuro, alia, ainda assim, um conjunto de características que o tornam uma pequena obra de arte: que pode ser considerado o primeiro plano-sequência da história do cinema.
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Viagem à lua, 1902
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Em 1902, também na França, George Méliès, roda o seu Viagem à Lua (Le Voyage dans la Lune), com direção do próprio Méliès e contando no elenco com os atores Victor André, Bleuette Bernon, Brunnet, Jeanne d’Alcy e Henri Delannoy. O filme tem 14 minutos e foi produzido pelo próprio Méliès; que além de ter dirigido o filme, também desenhou os cenários, o guarda-roupa, criou os efeitos especiais e foi o fotógrafo. Inspirado numa novela de Júlio Verne, tanto o livro quanto o filme narram a história de um grupo de cinco astrônomos que viajam à Lua numa cápsula lançada por um canhão gigante, onde são capturados pelos selenitas. Contudo, conseguem escapar e retornam salvos à Terra. A filme inclui inúmeras experiências arrojadas com algumas das mais famosas técnicas cinematográficas como a sobreposição, fusão e a exposição múltipla de imagens. Viagem à Lua é considerado o primeiro filme sobre a ficção científica e um dos pioneiros na criação do que viria ser conhecido o cinema de hoje, a Sétima Arte!
No ano seguinte, o americano Edwin S. Porter fez o seu famoso filme, O Grande Roubo de Trem (The Great Train Robbery, EUA, 1903); com direção de Porter e no elenco os atores John Manus Dougherty Sr., A. C. Abadie, Gilbert M. “Broncho Billy” Anderson, Walter Cameron, Donald Gallaher, Frank Hanaway, Morgan Jones, Marie Murray, Mary Snow e Justus D. Barnes. O filme teve 12 minutos de projeção e contava uma simples história, um roubo de trem. O Grande Roubo do Trem é considerado o primeiro faroeste realizado pelo cinema. O filme é um dos grandes marcos da história cinematográfica. Foi inovador em vários aspectos: foi filmado em cenário real, inclui movimentos de câmera e faz uso de montagem paralela. Os efeitos de zoom, uma técnica de montagem avançada para a época, foi também utilizada. Os espectadores consideravam especialmente emocionantes as cenas em que as armas eram apontadas na sua direcção - havia gritos durante as projeções, seguidos de gargalhadas de alívio. Edwin S. Porter, foi antigo operador de câmera de Edison (Thomas Alva Edison - o inventor da lâmpada), que além de fotografar o filme, fez também o roteiro junto com Scott Marble duma história de 1896, desta maneira o ex-operador de câmera entrou para a história do cinema.
Em 1913 surgiria um gênio que faria com que o cinema nunca mais seria o mesmo. Charles Chaplin era o seu nome, e ele fez neste ano uma viagem aos Estados Unidos participando da Companhia de Fred Karno, onde representava um personagem bêbado. Numa de suas apresentações, ele foi visto por Mack Sennett (o poderoso-chefão da comédia da época), dono da Keystone. Sennett o contratou naquele instante. O primeiro filme em que estrelou foi Carlitos Repórter (Making a Living, 1914), irreconhecível usando um chapéu, casaco comprido e um falso bigode. No mesmo ano Chaplin fez Corridas de Automóveis para Meninos (Kid Auto Races at Venice), agora usando um chapéu-coco, calças caídas e uma bengala. Chaplin aparecia pela primeira vez, então, da forma como ficaria enternamente conhecido: ''o vagabundo''. Mas foi em Carlitos Repórter, que o gênio surgira para o cinema.
No Brasil, o cinema teve os seus representantes: A Moreninha (A Moreninha, Brasil, 1915), com direção de Antônio Leal, contando no elenco com Lydia Bottini e Oscar Soares. O filme foi baseado na obra de Joaquim Manuel de Macedo, A Moreninha é um dos primeiros filmes mudos do cinema brasileiro. Sua estréia foi no dia 21 de Setembro na cidade do Rio de Janeiro. E Iracema (Iracema, Brasil, 1917) , com direção de Vittorio Capellaro e contando no elenco com a atriz Iracema de Alencar. O filme é baseado na obra homônima do escritor José de Alencar.
Outros filmes e outros nomes fizeram parte da história do iníco do cinema, mas isto já é outra história!
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Título: Da esquerda para a direita temos os clássicos Aurora (1927) do mestre F. W. Murnau, com destaque para George O'Brien; depois A General (1927) de Buster Keaton e Clyde Bruckman, com destaque para as peripécias de Buster Keaton; em seguida o filme A Caixa de Pandora (1929) de G. W. Pabst, com destaque para a atriz americana Louise Brooks; e, finalmente, o maravilhoso filme Metrópolis (1927) do grande mestre alemão Fritz lang, com destaque para a cidade futurista do visionário diretor.
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É isso aí!